Richard Glatzer (à esquerda) e seu marido e codiretor, Wash Westmoreland. |
Apenas dois dias antes da cerimônia do Oscar, o cineasta foi levado às pressas a um hospital, com problemas respiratórios. "Não tão glamouroso", escreveu Wash Westmoreland, marido de Glatzer e codiretor de Para Sempre Alice: "Mas eu não teria ido de qualquer jeito. E Richard estará vivo para ver", consolou-se Westmoreland, que assistiu à vitória do Oscar de melhor atriz de Julianne Moore ao lado de seu companheiro, num quarto de hospital.
Glatzer e Westmoreland adaptaram Para Sempre Alice a partir de um romance de Lisa Genova. Um pouco antes de tocarem o projeto, em 2011, Glatzer foi diagnosticado com ALS, e sua condição clínica deteriorou-se rapidamente. Ainda assim, ele não perdeu um dia de gravações, determinado a finalizar o filme: "A obra realmente mexeu comigo", dizia o diretor.
Nascido em Nova York, Ph.D. em Língua Inglesa e professor de roteiros na Escola de Artes Visuais em sua cidade, Glatzer conheceu Westmoreland em 1995, tendo realizado o sonho de casar-se já durante um estágio avançado de sua doença, em 2013.
ALS é a esclerose lateral amiotrófica, que ficou conhecida do grande público quando uma associação norte-americana de tratamento da doença criou o Desafio do Balde de Gelo, movimento que viralizou nas redes sociais em agosto de 2014. A doença degenerativa é a mesma que afeta o físico teórico Stephen Hawking, que teve sua vida contada no cinema em outro filme recente premiado no Oscar 2015: A Teoria de Tudo, estrelado por Eddie Redmayne.
Nenhum comentário:
Postar um comentário