Não parece mas faz quase oito meses desde a morte de Robin Williams e, pode ter certeza, o cinema ainda sente a falta dele. E sua família também, claro. Mas eles também estão preocupados... com o testamento dele.
De um lado, a viúva do ator, Susan Williams, entrou com uma petição em dezembro para a interpretação de um tribunal do testamento que ele fez depois que eles se casaram. Do outro, os três filhos de William de casamentos anteriores, Zachary, Zelda e Cody, disputaram pela leitura.
Depois de algumas discussões, chegou a hora de dividir a propriedade pessoal de Robin Williams, como jóias e outros objetos. Entretanto, algo que eles não vão debater é o direito à imagem póstuma do ator.
Isso porque o comediante deixou o direito ao seu nome, assinatura, fotografia e semblante à Windfall Foundation, uma organização de caridade criada por representantes legais de Williams do escritório de advocacia de Manatt, Phelps.
E o que isso quer dizer? Primeiro, essa determinação restringe a exploração da imagem de Robin Williams em qualquer publicidade por 25 anos após a sua morte. Ou seja, não serão autorizados anúncios exibindo Williams pelo menos até 11 de agosto de 2039. Segundo, a disposição também impede que alguém faça por exemplo, um holograma de Robin Williams ou insira a imagem dele digitalmente em um novo filme.
Esse adendo ao testamento pretende preservar o legado de Robin Williams, já que, pelo jeito, hoje em dia não é muito difícil "ressuscitar" um ator para aparecer em um filme, como foi feito com Paul Walker em Velozes & Furiosos 7 e cogitado fazer com Philip Seymour Hoffman em Jogos Vorazes.
Além disso, ao atribuir os direitos de publicidade para uma organização de caridade, o ator limitou a responsabilidade fiscal de sua família - que de outro modo receberia um valor pelo uso de sua imagem e seria tributado em cima desse valor. Ao fazer o que ele fez, Williams não só afirmou uma medida de controle sobre a exploração póstuma, mas reconheceu que o valor da vida após a morte de uma celebridade tem subido nos últimos anos e deu um passo para reduzir o interesse do IRS (o imposto de renda americano).
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