O novo desenho animado “Divertida Mente”, da Disney-Pixar, virou de ponta cabeça o Festival Internacional de Cinema de Cannes nesta segunda-feira (18), já que o filme que mostra o que se passa na mente de uma menina fez a plateia vibrar e se perguntar por que ele não está competindo por um prêmio.
Engenhosa, a animação do estúdio Pixar, o mesmo que deu ao mundo “Toy Story” quase 20 anos atrás e mais recentemente filmes como "Procurando Nemo" e “Up – Altas Aventuras”, traz personagens que personificam emoções humanas básicas, como Alegria, Raiva, Nojo, Medo e Loucura, desempenhando suas funções na cabeça de uma garota chamada Riley.
A primeira emoção que a bebê Riley sente é a Alegria, uma fada de cabelo azul dublada pela atriz Amy Poehler, da série "Parks and recreation", e que a faz sorrir. Mas logo vem o choro, provocado pela azulada Tristeza (Phyllis Smith) e Nojo (Mindy Kaling), que faz com que ela atire longe o brócoli que lhe serviram em seu cadeirão.
Muito do que acontece na mente de Riley, onde as lembranças assumem a forma de esferas luminosas luminescentes do tamanho de bolas de boliche, lembra um fliperama gigante.
Facetas da personalidade de Riley, como sua relação com os pais, suas interações com os amigos ou seu amor pelo hóquei no gelo, lembram atrações de parques temáticos, talvez para serem usadas mais adiante em passeios da Disney World.
O filme foi recebido tão calorosamente pelo público notoriamente exigente do festival, que muitos questionaram a razão de a animação não estar competindo à Palma de Ouro, a principal honraria do evento, no próximo domingo.
Dirigido por Pete Docter (o mesmo de "Up" e "Monstros S.A."), “Divertida Mente” está fazendo sua estreia mundial em Cannes antes do lançamento oficial, que acontece só no mês que vem.
“Estar aqui já era o prêmio”, disse John Lasseter, diretor criativo da Pixar, quando indagado por que o filme não foi inscrito na competição.
O desenho está sendo exibido em Cannes mas não concorre em nenhuma categoria, algo que grandes estúdios como a Disney fazem muitas vezes como maneira de atrair atenção internacional sem correr o risco de serem esnobados pelo júri do festival.
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