Talvez não seja cedo demais para afirmar que Mad Max: Estrada da Fúria merece o status de clássico moderno. Uma das principais características do filme de George Miller é o visual vibrante, que investe em cores saturadas para reforçar o ar extravagante do longa-metragem de ação. Entretanto, de acordo com o site SlashFilm, o público verá uma versão muito diferente da saga de Max (Tom Hardy) e Furiosa (Charlize Theron).
Miller afirmou que pediu à Warner Bros que o blu-ray de Mad Max: Estrada da Fúria traga também a versão em preto e branco do filme. Essa variação do longa viria com a opção "cinema mudo", em que todos os diálogos e efeitos sonoros seriam substituídos pela trilha sonora apenas.
O cineasta — que também dirigiu Mad Max (1979), Mad Max 2 - A Caçada Continua (1981) e Mad Max Além da Cúpula do Trovão (1985) —, comentou quis evitar os clichês para encontrar a identidade visual de Estrada da Fúria. "Eu percebi que é um lugar comum realizar filmes pós-apocalipticos com cores menos saturadas. A partir daí, só havia dois caminhos que eu poderia seguir. Uma opção era fazer o filme em preto e branco. A melhor versão deste filme é a versão em preto e branco, mas pessoas reservam este recurso para filmes de arte hoje em dia. A outra opção é abusar das cores", afirmou.
Miller também disse que foi durante a produção de A Caçada Continua que ele percebeu que o universo Mad Max fica melhor níveis de cinza do que em cores. Ele afirmou que enviou uma versão em preto e branco do filme para Brian May, famoso guitarrista do Queen que assinou a trilha sonora. A cópia em preto e branco feita para o músico foi realizada por ser uma opção mais barata e foi assim que o diretor percebeu a força daquele jogo de contrastes, que considerou "muito, muito poderoso".
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