quinta-feira, 2 de julho de 2015

“A gente queria estar aqui para agradecer”, diz John Green em coletiva no Rio de Janeiro


A culpa é dos brasileiros. Depois do sucesso de A Culpa é das Estrelas no Brasil - foi o filme de maior público no país em 2014 -, o autor da história, John Green, e o ator Nat Wolff (que interpreta o coadjuvante Isaac) estiveram no Rio na manhã desta quarta-feira para uma coletiva de imprensa, onde agradeceram todo o apoio dos nossos conterrâneos.

“Os livros e o filme nunca fizeram tanto sucesso [no mundo] quanto no Brasil, por isso a gente queria estar aqui hoje para agradecer”. "Livros", assim no plural, porque, além de mostrarem sua gratidão, os simpáticos realizadores também tinham como objetivo divulgar a nova empreitada da dupla, Cidades de Papel, que estreia por aqui no próximo dia 9. “Eu nunca imaginaria que [os livros] fariam sucesso, que eu estaria aqui hoje, que seria traduzido para o português”, confessou o autor de 37 anos. “Eu não imaginava muita coisa acontecendo quando estava na faculdade, além de esperar a morte chegar”, brincou.

Mas nada de chororô. “Como era um filme menos triste [do que A Culpa], foi mais prazeroso [estar no set]”, comentou Green. Wolff, que foi promovido a protagonista na nova produção e já havia sido escalado para o papel antes mesmo de Cidades ter um roteiro pronto, disse que se sentiu "como se tivesse ganhado na loteria”.

“Eu sei que 95% das pessoas falam isso, mas saímos do filme como uma família”, falou o jovem, que também tinha dois amigos fiéis na época da escola. Duvida? “O Justice Smith, que faz o Radar, se mudou para Nova York para trabalhar em um programa de TV e a gente foi morar junto”, confessou, alegando que o elenco mantém ativo até hoje um grupo de discussão numa rede social (provavelmente aquele grupo do Whatsapp).

Sobre as diferenças criativas entre o livro e o filme (sobretudo a respeito do desfecho), Green comentou (e vamos tentar não dar nenhum spoiler aqui): “O mais importante era preservar a ideia central do livro. Eu gostei da ideia [do filme] de reforçar que Margô (Cara Delevingne) não é um milagre. É uma garota, humana. E achei legar entender o que representa a amizade. Eu devia ter feito isso no livro, a ideia do filme é muito melhor”, brincou mais uma vez, sem cerimônia.

Formalidades, em geral, não parecem ser exatamente o papel de John, que cresceu em Orlando, terra de Cidades de Papel – e da Disneylândia. Ele tascou: “Orlando é falsa. Literalmente falsa.  As pessoas vão pra lá, pra Disney e tal, e depois voltam pra vida real. Mas aquilo pra mim era a vida real. Eu odeio a Disney”, completando: “Ainda bem que a Disney não foi produtora do filme, seria um pouco estranho”.


Cidades de Papel, nos cinemas a partir do dia 9!

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