A culpa é dos brasileiros. Depois do sucesso de A Culpa é
das Estrelas no Brasil - foi o filme de maior público no país em 2014 -, o
autor da história, John Green, e o ator Nat Wolff (que interpreta o coadjuvante
Isaac) estiveram no Rio na manhã desta quarta-feira para uma coletiva de
imprensa, onde agradeceram todo o apoio dos nossos conterrâneos.
“Os livros e o filme nunca fizeram tanto sucesso [no mundo]
quanto no Brasil, por isso a gente queria estar aqui hoje para agradecer”.
"Livros", assim no plural, porque, além de mostrarem sua gratidão, os
simpáticos realizadores também tinham como objetivo divulgar a nova empreitada
da dupla, Cidades de Papel, que estreia por aqui no próximo dia 9. “Eu nunca
imaginaria que [os livros] fariam sucesso, que eu estaria aqui hoje, que seria
traduzido para o português”, confessou o autor de 37 anos. “Eu não imaginava
muita coisa acontecendo quando estava na faculdade, além de esperar a morte
chegar”, brincou.
Mas nada de chororô. “Como era um filme menos triste [do que
A Culpa], foi mais prazeroso [estar no set]”, comentou Green. Wolff, que foi
promovido a protagonista na nova produção e já havia sido escalado para o papel
antes mesmo de Cidades ter um roteiro pronto, disse que se sentiu "como se
tivesse ganhado na loteria”.
“Eu sei que 95% das pessoas falam isso, mas saímos do filme
como uma família”, falou o jovem, que também tinha dois amigos fiéis na época
da escola. Duvida? “O Justice Smith, que faz o Radar, se mudou para Nova York
para trabalhar em um programa de TV e a gente foi morar junto”, confessou,
alegando que o elenco mantém ativo até hoje um grupo de discussão numa rede
social (provavelmente aquele grupo do Whatsapp).
Sobre as diferenças criativas entre o livro e o filme
(sobretudo a respeito do desfecho), Green comentou (e vamos tentar não dar
nenhum spoiler aqui): “O mais importante era preservar a ideia central do
livro. Eu gostei da ideia [do filme] de reforçar que Margô (Cara Delevingne)
não é um milagre. É uma garota, humana. E achei legar entender o que representa
a amizade. Eu devia ter feito isso no livro, a ideia do filme é muito melhor”,
brincou mais uma vez, sem cerimônia.
Formalidades, em geral, não parecem ser exatamente o papel
de John, que cresceu em Orlando, terra de Cidades de Papel – e da Disneylândia.
Ele tascou: “Orlando é falsa. Literalmente falsa. As pessoas vão pra lá, pra Disney e tal, e
depois voltam pra vida real. Mas aquilo pra mim era a vida real. Eu odeio a
Disney”, completando: “Ainda bem que a Disney não foi produtora do filme, seria
um pouco estranho”.
Cidades de Papel, nos cinemas a partir do dia 9!
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