Grace de Mônaco ganhou data de estreia: segunda-feira, 25 de maio. “Segunda-feira?” Pois é. A cinebiografia da controversa estrela de Hollywood que virou princesa, Grace Kelly, interpretada por uma das atrizes mais aclamadas em atividade, Nicole Kidman, dirigida pelo promissor Olivier Dahan, de Piaf - Um Hino ao Amor, filme de abertura da última edição do prestigiado Festival de Cannes, vai direto para a TV.
Pelo menos nos Estados Unidos, mercado de que se tem notícia até agora. O longa vai estrear por lá no canal Lifetime no feriado do Memorial Day (que homenageia os militares americanos que morreram em combate).
Nem todos os adjetivos (“controverso”, “aclamado”, “promissor”, “prestigiado”) foram capazes de apaziguar os conflitos de bastidores que envolveram a produção do filme.
Execrado pela crítica no festival francês, onde teve sua primeira exibição pública, Grace de Mônaco foi marcado por divergências criativas entre o diretor e a distribuidora, The Weinstein Company, que adquiriu os direitos de exibição da obra nos EUA ainda em 2013, no Festival de Berlim.
Dahan acusou o estúdio de querer "um filme comercial com 'cheiro de margaridas', tirando tudo o que é excessivo, tudo que o torna cinematográfico e cheio de vida". O todo-poderoso Harvey Weinstein, por sua vez, contra-atacou afirmando que “o diretor transformou [o longa] num filme do Hitchcock, numa espécie de homenagem a Um Corpo que Cai que ironicamente mal abordava a Grace”. E, como se não bastasse, a família real de Mônico acusou o roteiro de “desnecessariamente glamourizado e historicamente inexato" e pediu boicote à produção no tapete vermelho de Cannes.
Só não se sabe se a versão que chegará ao canal norte-americano será a do diretor (exibida em Cannes) ou a do produtor.
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