Hollywood está acostumada a representar grandes explosões e desastres nas telas, mas às vezes tragédias reais pegam os estúdios de surpresa, forçando produções a mudarem suas campanhas ou os próprios filmes.
Em 2002, Homem-Aranha foi editado para retirar imagens das Torres Gêmeas, logo após os ataques terroristas de 11 de setembro; Caça aos Gângsteres (2012) e Jack Reacher - O Último Tiro (2012) retiraram cenas de tiroteios após massacres cometidos em escolas americanas, e recentemente a comédia Relatos Selvagens (2014) ganhou um alerta no início da projeção, relacionado ao acidente com o copiloto alemão que deliberadamente derrubou um avião na França.
Agora, mais uma produção vai sofrer alterações devido a acidentes reais. Os produtores do filme de ação Terremoto - A Falha de San Andreas, estrelado por Dwayne Johnson e Alexandra Daddario, estão preocupados com a repercussão à história após a tragédia recente na Ásia, quando fortes tremores de terra causaram mais de 5 mil mortes no Nepal e na Índia.
Inicialmente, os estúdios Warner pensaram em adiar o lançamento do filme, mas depois mantiveram a estreia para 29 de maio nos Estados Unidos (28 de maio no Brasil). Os cartazes permanecerão os mesmos, mas os vídeos divulgados sofrerão mudanças. "Nós continuaremos a avaliar nossa campanha de marketing ao redor do mundo, para reforçar nossa sensibilidade às pessoas afetadas por este trágico acidente", afirmou um porta-voz.
Os novos comerciais de televisão vão incluir cenas de pessoas ajudando umas às outras após o terremoto, indicando a melhor maneira de se preparar para uma catástrofe do tipo, e fazendo menção explícita aos acontecimentos no Nepal. Os estúdios Warner pretendem fazer doações às famílias afetadas pelo terremoto, e estão simbolicamente encorajando seus funcionários a fazerem o mesmo.
Terremoto - A Falha de San Andreas não é a única produção preocupada com a tragédia asiática. Os estúdios Universal também avaliam possíveis mudanças no lançamento de Everest, filme-catástrofe passado exatamente na fronteira do Nepal com a China. Por enquanto, a produção está prevista para o mês de setembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário