Junho de 2015 já entrou na história do cinema como o mês em
que Jurassic World quebrou uma sucessão de recordes, Hollywood teve a maior
arrecadação de todos os tempos e um filme conseguiu a façanha de anotar a pior
bilheteria da história: Paixões Unidas, um filme oficial da mesma Fifa marcada
por renúncia de presidente e escândalos de corrupção nas últimas semanas
United Passions foi exibido em 10 cinemas estadunidenses,
tendo arrecadado apenas 918 dólares na soma de todas as salas. Orçado em US$17
milhões quase que integralmente bancados pela FIFA, Paixões Unidas (cuja
referência à ONU de mal gosto equivalente aos seus títulos anteriores: Men of
Legend e The Dream Makers) foi recolhido após tamanho fiasco, tendo decretada
sua marca recorde.
Sam Neill, Gérard Depardieu e Tim Roth são João Havelange, Jules Rimet e Joseph Blatter em Paixões Unidas |
O fracasso histórico ainda é repleto de componentes
polêmicos. Além de sua repercussão negativa junto a público e crítica, o filme
foi detonado por seus envolvidos. O ator Tim Roth se arrependeu tanto que se
recusa a falar sobre a produção, em que interpreta Joseph Blatter. Num raro
momento, ele revelou ao jornal alemão Die Welt que se arrependia "de não
ter questionado o diretor e o roteiro" e que o seu papel faria seu pai
"se revirar no caixão”.
Muito arrependido também se mostrou o cineasta Frédéric
Auburtin: "Agora eu sou visto tão mal quanto o cara que levou a Aids para
a África ou o responsável pela crise financeira mundial.", disse o
experiente diretor, lamentando a imagem de "propagandista de filmes para
pessoas corruptas", mas sem assumir toda a culpa. Segundo Auburtin, seu
filme seria muito mais crítico se a FIFA não detivesse o corte final da
produção. Então, ele implora: "Por favor, não me façam responsável pelo
fato de a Fifa ser podre."
Apesar de tudo, um homem se disse "emocionado e
satisfeito" com Paixões Unidas: Joseph Blatter.
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