A premiação mais famosa do cinema
recebeu seu primeiro concorrente à uma indicação. A Hungria inscreveu o filme
Son of Saul (Saul fia, em húngaro) na disputa por uma nomeação ao Oscar de
melhor filme estrangeiro.
Com direção de László Nemes, o drama acompanha dois dias na
vida de Saul Auslander (Géza Röhrig), um homem preso no campo de concentração
nazista de Auschwitz em 1944. Ele foi recrutado pelos nazistas para trabalhar
como sonderkommando, nome dado para o prisioneiro que executava as tarefas que
os alemães não queriam realizar, como enterrar os cadáveres e limpar as câmaras
de gás. Encarregado da tarefa de cremar os corpos dos judeus, Saul decide
salvar o cadáver de um menino que ele considerava seu filho afim de encontrar
um rabino que pudesse realizar seu velório, desafiando o forte esquema de
segurança nazista.
Son of Saul foi exibido no Festival de Cannes de 2015, onde
concorreu à Palma de Ouro e à Câmera de Ouro. Apesar de não ter faturado os
prêmios citados, László Nemes saiu da Croisette com o o Grande Prêmio do Júri, com
o prêmio concedido pelo júri da FIPRESCI (Federação Internacional dos Críticos
de Cinema) e com o prêmio François Chalais, dedicado a filmes que reafirmam o
valor da vida e do jornalismo.
A decisão da Hungarian Film Fund de indicar Son Of Saul para
disputar uma vaga entre os concorrentes ao Oscar de melhor filme estrangeiro
foi unânime.
A última vez que um filme húngaro concorreu ao Oscar de
melhor filme estrangeiro foi em 1988, Hanussen, de István Szabó. O primeiro e,
até então único, filme do país a vencer nessa categoria foi o drama Mephisto,
de 1981, também dirigido por Szabó.
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